Category Archives: Sessões Extraordinárias

30 de Julho, 22h: “Ciclo Interrompido”

the_broken_circle_breakdownRealização: Felix van Groeningen

Intérpretes: Veerle Baetens, Johan Heldenbergh, Nell Cattrysse

BEL/HOL, 111ʼ, 2012, M/16

O filme belga “Ciclo Interrompido” conta a história de amor entre Elise e Didier. Ela tem a sua própria loja de tatuagens, ele toca banjo numa banda. É amor “à primeira vista”, apesar das grandes diferenças. Ele fala, ela escuta. Ele é um ateu convicto, embora, ao mesmo tempo, um ingénuo romântico. Ela tem uma cruz tatuada no pescoço, mas os pés bem assentes na terra. A sua felicidade completa-se com o nascimento de Maybelle. Infe-lizmente, Maybelle, aos seis anos de idade, adoece gravemente. Didier e Elise reagem de forma muito diferente, mas Maybelle não lhes irá deixar escolha. Didier e Elise terão que lutar juntos por ela. Será possível sentir o mesmo sendo tão diferente? Ou o amor, mesmo quando forte e intenso, pode desiludir quando mais dele se precisa? “Ciclo Interrompido” é um intenso drama, cheio de paixão e música. Sobre como o amor pode vencer o destino ou… às vezes, não.
“Ciclo Interrompido” é uma adaptação da peça de teatro de Johan Heldenbergh. Venceu a Tulipa de Ouro no Festival de Cinema de Istanbul. Foi distinguido com o Prémio LUX 2013 do Parlamento Europeu, destinado a estimular o cinema europeu e o debate sobre os valores e a atualidade social.

Nomeado para o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2014, em representação da Bélgica.

 

Sessão ao ar livre, na Piscina Municipal Vasco Jacob (ao lado do Parque de Campismo)

 

23 de Julho, 22h: “Voltar a Nascer”

Twice born blogRealização: Sergio Castellito

Argumento: Margaret Mazzantini e Sergio Castellitto

Intérpretes: Penélope Cruz, Emile Hirsch, Adnan Haskovic

ESP/ITA, 2012, 127′, M/16

SINOPSE:

Sarajevo, Bósnia. Gemma e Diego (Penélope Cruz e Emile Hirsch) são jovens e vivem uma intensa história de amor. Porém, o país vive os tempos conturbados da guerra, e Diego é morto. Consumida pela dor, Gemma é obrigada a fugir com Pietro, o filho de ambos. Depois de 16 anos a viver em Itália, Gemma regressa a Sarajevo com Pietro, decidida a mostrar-lhe o lugar onde nasceu e talvez, assim, reatar alguns laços perdidos. Naquele lugar, confrontada com a dor que o tempo ainda não apagou e com segredos que sempre se esforçou por esquecer, ela vai finalmente encontrar a redenção que procurava.
Um filme dramático realizado por Sergio Castellitto (“Não te Movas”, “La Bellezza del Somaro”), que mais uma vez adapta ao cinema a obra da sua mulher, a escritora e actriz italiana Margaret Mazzantini. PÚBLICO

 

Sessão ao ar livre, na Piscina Municipal Vasco Jacob (ao lado do Parque de Campismo)

 

16 de Julho, 22h: “Palácio das Necessidades”

QuaiDOrsay_05Realização:Bertrand Tavernier

Baseado na Banda Desenhada de ABEL LANZAC e CHRISTOPHE BLAIN “QUAI D’ORSAY”

Intérpretes: Thierry Lhermitte, Niels Arestrup , Bruno Raffaelli, Julie Gayet, Anaïs Demoustier , Thomas Chabrol, Jane Birkin

FRA, 2013, 113′

SINOPSE:

Alto e imponente, Alexandre Taillard de Worms é um homem cheio de estilo muito do agrado feminino. Acresce que é também Ministro dos Negócios Estrangeiros do país das luzes: a França. Com a sua cabeleira prateada e o seu corpo atlético ligeiramente bronzeado, movimenta-se nos palcos mundiais, desde a tribuna das Nações Unidas em Nova Iorque a Oubanga, um pequeno barril de pólvora. Aí, ele reúne os poderosos e invoca as potências no sentido de trazer a paz, acalmar os ânimos e reforçar a sua aura de futuro Prémio Nobel da Paz cósmica. Alexandre Taillard de Worms é uma força a considerar, travando a sua própria guerra sustentado na sua trindade de conceitos diplomáticos: legitimidade, unidade e eficácia. Ele enfrenta os neoconservadores americanos, os russos corrompidos e os gananciosos chineses. O mundo até pode não merecer a magnanimidade da França, mas a sua arte seria desperdiçada se se confinasse ao território francês.

É neste contexto que surge Arthur Vlaminck, um jovem universitário que prepara a sua tese. Arthur é contratado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros. Na verdade, cabe-lhe redigir os discursos do Sr. Ministro, mas também tem de aprender a gerir as sensibilidades do seu chefe e respetiva comitiva, encontrar o seu lugar entre o diretor do Gabinete e os consultores que gravitam num Quai d’Orsay – a sede do ministro – em que o stress, a ambição e as trapaças são uma prática diária. Mas quando ele pensa que consegue influenciar o destino do mundo, tudo parece ameaçado pela inércia dos burocratas.

«Quando o Ministério dos Negócios Estrangeiros é o Mistério dos Ócios Passageiros» Nuno Rogeiro

Sessão ao ar livre, na Piscina Municipal Vasco Jacob (ao lado do Parque de Campismo)

 

26 de Maio, 19h: “Sophie Scholl – Os Últimos Dias”

Realização: Marc Rothemund

Interpretação: Julia Jentsch, Fabian Hinrichs, Gerald-Alexander Held, Florian Stetter, Johannes Suhm, Johanna Gastdorf

ALEMANHA  2005, 121’  M/12

A corajosa história de Sophie Scholl já tinha sido contada em dois filmes de 1982. Mas a versão de Rothmund tem a particular vantagem de se basear em documentos ainda não disponíveis em 1980: os protocolos originais dos interrogatórios da Gestapo, na posse da RDA e acessíveis sómente depois da reunificação das Alemanhas.

O filme centra-se nos últimos seis dias de uma breve vida (17 a 22 Fev 1943): da temerária decisão dos dois irmãos, Hans e Sophie, e um amigo daquele, autor dos textos (todos pertencentes ao grupo anti-nazi Rosa Branca) de distribuir panfletos de resistência na Universidade de Munique; da sua detenção e posterior prisão; o longo, tortuoso e penoso interrogatório; o grotesco julgamento até à inevitável condenação por traição, e a morte de todos, na guilhotina.

Ainda que se possam sentir alguns laivos de sentimentalismo na construção do argumento, é indiscutível a força de notável suspense durante as cenas de inquirição, sendo o filme uma bem estruturada comemoração da coragem dos jovens numa Alemanha que se acreditava total e irremediavelmente subjugada pelo nazismo.

De notar a espantosa Julia Jentsch (revista em THE EDUKATORS – Weingarten, 2005), que recebeu o Urso de Prata de Melhor Actriz na 55ª Berlinale (2005), tendo Marc Rothmund sido contemplado com o Urso de Prata de Melhor Realizador na mesma competição.

“Sophie Scholl – Os últimos dias” foi candidato ao Óscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2006, representando a Alemanha.

Nota

Realização: Susana de Sousa Dias Documentário PORTUGAL 2009, 97’  M/12 Os retratos-arquivo da Pide são murros fortissimos em pleno rosto. Deixam-nos entontecidos pelo violento regresso da memória e, como diz Susana S. Dias, iluminam a “verdade no passado” permitindo “ver … Continuar a ler